A Ambisousa, EIM, é a empresa intermunicipal que, de forma séria e rigorosa, sempre com um elevado sentido de serviço público, trata dos resíduos dos municípios que integram a Associação de Municípios do Vale do Sousa. Actualmente, a Ambisousa tem a seu cargo a gestão dos Aterros Sanitários de Lustosa (Lousada) e de Rio Mau/Sebolido (Penafiel), bem como as Unidades de Triagem de Cristelo (Paredes), Lustosa e Rio Mau/Sebolido, sendo ainda responsável pela recolha selectiva em todo o território dos Municípios que a integram.  

Alicerçada nos princípios da economia circular, a estratégia implementada pela Ambisousa para a gestão dos seus resíduos assenta em aumentos da prevenção, da reciclagem e da valorização de resíduos. 

No domínio da prevenção, um princípio prioritário da hierarquia de gestão de resíduos, a Ambisousa assumiu recentemente o compromisso de reforçar o seu projeto de compostagem doméstica com mais 2 000 compostores, bem como instalar as primeiras 6 ilhas de compostagem comunitária nos Municípios que a integram. Refira-se, a este propósito, que desde 2009 a Ambisousa promove continuamente a compostagem doméstica, disponibilizando actualmente mais de 5 500 compostores domésticos à população do Vale do Sousa, os quais são alvo de visitas de acompanhamento e monitorização periódicas pelos nossos técnicos.

Relativamente à reciclagem, a recolha seletiva multimaterial continuará a ser uma das fortes apostas da Ambisousa, pelo que se prevê um reforço dos meios operacionais disponíveis, permitindo um incremento da acessibilidade ao serviço de recolha seletiva prestado aos nossos municípios.

Enquadradas num previsível aumento dos quantitativos enviados para reciclagem, encontram-se já em execução duas candidaturas financiadas pelo POSEUR: "Projetos inovadores – Ecocentros Móveis” e "Recolha Seletiva Porta-a-Porta em Zonas Piloto”. O Projeto dos Ecocentros Móveis tem como principal objetivo a implementação da recolha seletiva de novas frações de resíduos valorizáveis (pilhas e baterias, cds, dvds e cassetes, tinteiros e toners, têxteis e eletrónicos), a efetuar através de recolha itinerante (Ecocentros Móveis) que, concomitantemente, assegurará também a recolha seletiva 3F (papel, vidro e plástico), em particular em zonas não servidas pela atual rede de ecopontos. Uma particularidade destes equipamentos é a capacidade de contabilizar as quantidades 3F efetivamente entregues, sendo esta informação alocada a cada utilizador através de um cartão RFID. 

A Recolha Seletiva Porta-a-Porta em Zonas Piloto pretende implementar um sistema de recolha seletiva porta-a-porta dos fluxos 3F, em produtores domésticos (em zonas selecionadas) e pequenos produtores não-domésticos. A recolha seletiva porta-a-porta em produtores domésticos será implementada em áreas predominantemente de moradias (zonas piloto), sendo abrangida uma população de aproximadamente 16 500 habitantes (cerca de 5% do total do Sistema) e 6 100 alojamentos. A recolha seletiva porta-a-porta em produtores não-domésticos abrangerá ainda 260 estabelecimentos. 

Contudo, a maior aposta da Ambisousa direciona-se para a valorização de resíduos, mais concretamente na construção de uma Unidade de Valorização Orgânica de Biorresíduos recolhidos seletivamente, garantindo desta forma uma solução de tratamento para esta fração, cuja recolha seletiva será obrigatória em 2024. 

Com um custo total aproximado de 18 milhões de euros, este será o maior investimento de sempre da Ambisousa, o qual contará com uma comparticipação já aprovada de 8 milhões de euros pelo Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (POSEUR). 

A referida Unidade, possuirá uma capacidade para tratar anualmente 25.000 toneladas de biorresíduos, segundo um tratamento por digestão anaeróbia, cujo biogás gerado no processo será valorizado através da produção de biometano a injetar na rede de gás natural e da utilização como combustível para viaturas de recolha de resíduos. 

Atendendo às metas previstas de redução da quantidade de resíduos urbanos depositados em aterro, a Ambisousa assumiu como estratégia para a fração última dos resíduos a partilha de instalações e a externalização destes noutro Sistema de Gestão de Resíduos Urbanos, tendo inclusive dado início ao processo de selagem final dos aterros sanitários de Lustosa e Rio Mau, num investimento que ascende a cerca de 3 milhões de euros.