A Ambisousa, apresentou uma candidatura com vista à construção de uma unidade industrial que vai possibilitar a valorização orgânica de biorresíduos, recolhidos seletivamente na Ambisousa, permitindo a produção de biometano.
O biometano será depois injectado na rede de gás natural, que poderá ser consumido em habitações, em indústrias ou até mesmo possibilitar o abastecimento de viaturas.
Esta instalação industrial será dotada da mais recente tecnologia de ponta, que poderá tratar cerca de 25.000 toneladas, por ano, de biorresíduos recolhidos seletivamente, gerando 1.200.000 m3/ano de biometano e cerca de 8.200 ton/ano de composto.
A nova unidade será instalada em Paredes, devido à centralidade da Zona Industrial Parada/Baltar, nomeadamente o acesso direto à A4, bem como devido à possibilidade de injetar o biometano diretamente na rede de gás natural.
O projeto, por não ter qualquer tipo de impacto ambiental e por se tratar de uma unidade industrial, não carece de período de discussão pública, prevendo-se que possa estar em funcionamento já no verão do próximo ano.
Representando um investimento na ordem de 17.7 milhões de euros, irá permitir ganhos anuais de receita de cerca de 1 milhão de euros/ano, além dos fortes ganhos ambientais e energéticos.
O biometano é um gás constituído substancialmente por metano, obtido por remoção de diverso tipo de impurezas e de dióxido de carbono, transformando-o num bem com características idênticas às do Gás Natural, desempenhando um papel preponderante para atingir as metas europeias e nacionais para a redução dos gases com efeito de estufa (GEE).
Refira-se que a Ambisousa tem neste momento a decorrer dois procedimentos para a primeira fase da selagem e encerramento dos Aterros Sanitários de Rio Mau (Penafiel) e Lustosa (Lousada), no montante global de € 3.600.000. A estratégia da Ambisousa para o futuro da gestão de resíduos nos Municípios que a integram (Castelo de Paiva, Felgueiras, Lousada, Paços de Ferreira, Paredes e Penafiel), devidamente articulada com as metas e objectivos do PERSU (Plano Estratégico para os Resíduos Urbanos), excluí a possibilidade de serem construídos novos aterros sanitários no território.